O baile das formigas: um conto para ler com o seu filho
Chateada com o trágico final da história da sua irmã, a jovem cigarra resolveu imitar a formiga. Neste verão, nada de farra! Trabalharia incansavelmente. Bom, talvez nem tanto assim... Mas estava decidida a não aceitar os convites da turma para as cantorias de sempre. Quem disse que não dá para trabalhar cantando?
E foi assim que a jovem cigarra encarou o batente, cigarreando com energia e vibração do raiar do dia ao pôr do sol. Lá pelas tantas, exausta e sem o menor pique para emitir seus famosos agudos – mas com o freezer bem abastecido para enfrentar o inverno! –, resolveu se dar uma noite de folga. Só então percebeu que ainda não tinha cruzado com a formiga.
Que estranho, será que aconteceu alguma coisa? Duvido! Ela e aquela turma de operárias são tão prevenidas! Ou… Será que estou perdendo alguma coisa? Estava. Descobriu tudo assim que saiu perguntando pela floresta.
– A formiga agora passa a noite na balada! – contou o grilo, louco para cutucar a cigarra.
– Como assim? Aquela… aquela… certinha? Na balada?
– Acontece que ela inventou a coreografia
do passa-passa-folhinha!
– Passa o quê?
– Fo-lhi-nha! Todo mundo leva um estoque e se diverte dançando no ritmo das formigas! Elas montaram uma banda e ficam só na supervisão, estocando as folhas. Parece que todos os formigueiros da região já estão abarrotados!
A cigarra ouviu tudo aquilo mudinha. Na verdade, tinha ficado atônita, sem conseguir soltar nem um zzzzzzi desafinado. Mesmo assim, voltou para casa tentando se consolar: afinal, não morreria de fome no inverno, como a sua pobre irmã... Pois é, tinha muita comida, só não tinha mais vontade de cantar.
Moral da história: mesmo quando a cigarra canta, a formiga dá baile!
Para crianças a partir de: 3 anos
Silvana Tavano é escritora e, de vez em quando, tem seus dias de cigarra. Mas gosta mesmo é de trabalhar o tempo todo, com alegria e imaginação, como a formiga desse reconto, baseado na mais famosa fábula de La Fontaine.
Daniel Kondo é ilustrador, cartunista e autor de livros infantis. Desenha ideias de todo tipo: algumas se transformam num formigueiro, como esse, onde a história de sempre ganha espaço pra acontecer de um jeito tão diferente.
a história parece bem legal, fiquei com vontade de ler pro meu filho
ResponderExcluirbeijos
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