Exame do cotonete, porque é tão importante!! - De Mãe pra Mamães

Exame do cotonete, porque é tão importante!!

Publicado em 17 janeiro 2016

ESTREPTOCOCOS B

O Estreptococos do grupo B, também chamado de Streptococcus agalactiae, é uma bactéria extremamente comum, que costuma colonizar as regiões vaginal, intestinal e retal das mulheres. O Estreptococos B não costuma provocar doenças em pessoas sadias, mas pode causar complicações em mulheres grávidas e ser transmitido para o bebê durante o parto.
Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre a infecção pelo Estreptococos do grupo B durante a gravidez:
  • O que é o  Estreptococos do grupo B (Streptococcus agalactiae).
  • Problemas relacionados à infecção pelo Estreptococos do grupo B durante a gravidez.
  • Diagnóstico do Estreptococos do grupo B.
  • O que é o teste do cotonete.
  • Tratamento do Estreptococos do grupo B.
O Estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria comum, presente na região genital de 1 em cada 3 mulheres grávidas. O Streptococcus agalactiae é normalmente inofensivo em adultos e em indivíduos saudáveis, porém, pode causar doença grave em bebês e pessoas com sistema imunológico comprometido, incluindo neste grupos pacientes com diabetes grave, câncer e problemas do fígado.
Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio intestino ou da região retal.
Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto, durante a passagem pela canal vaginal. Esta última via é a mais comum.O Estreptococos B é diferente das outras espécies de Estreptococos que habitualmente provocam doenças, como pneumonia, meningite, amigdalite, escarlatina, impetigo, etc.

DIAGNÓSTICO DO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B

Para impedir a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B é importante que a bactéria seja identificada e tratada antes do trabalho de parto. Durante a gravidez, toda gestante é submetida a um exame de urocultura à procura de bactérias na urina . Se for identificada bacteriúria, ou seja, presença de bactérias na urina, o obstetra instituirá tratamento antibiótico adequado para eliminação das mesmas.
Entre a 35ª e 37ª semanas de gestação os obstetras fazem habitualmente o exame do cotonete, que consiste na obtenção de material da vagina e do ânus com uma espécie de cotonete para pesquisar a presença do Estreptococos do grupo B.
Se o exame for positivo, significa que a mãe está colonizada. De forma imediata, porém, não há risco elevado nem para a mãe nem para o feto, pois a contaminação do bebê ocorre, na imensa maioria dos casos, somente no momento do parto. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae significa apenas que será necessária a administração de antibiótico durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.
O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta em maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.
A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes da coleta.

TRATAMENTO DO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B

Toda mulher com teste do cotonete positivo deve ser tratada com antibióticos no momento do parto. Sem antibióticos, cerca de 1 em cada 200 bebês fica doente com o Streptococcus agalactiae. Com o uso de antibióticos, a incidência cai para 1 em cada 4000 recém-nascidos, tornando, atualmente, a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B um evento raro.
O antibiótico é administrado por via venosa durante o trabalho de parto. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.
O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água. Neste caso, não há risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê. Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a administração de antibiótico está indicada.
Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.

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